Eric Rohmer, pioneiro da Nouvelle Vague francesa que transformou o cinema nos anos 1960, morreu aos 89 anos de idade, em Paris (França), nesta segunda-feira, dia 11 de janeiro, segundo informou sua produtora. Em quase um século de carreira, Rohmer fez cerca de 50 filmes. Sua primeira aclamação internacional foi "Minha Noite com Ele", indicada aos Oscars de Melhor Roteiro e Filme Estrangeiro.

Seu trabalho dividiu o mundo do cinema, com alguns críticos rápidos em denunciar seus filmes como desesperadamente monótonos, enquanto seus fãs o elogiavam como alguém que desnudava a alma humana. Era visto por muitos, ainda, como um conservador; mas Rohmer não seguiu a moda. "Os filmes de Rohmer nunca contiveram nenhum artifício óbvio para obter atenção como violência, ângulos inusuais da câmera ou mesmo trilhas sonoras", escreveu o biógrafo Terry Ballard. "(Ele faz) filmes que lidam com as fraquezas das relações de pessoas realistas e pensativas".

O cineasta ganhou um Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra no festival de cinema de Veneza em 2001. Seu último trabalho como diretor foi "Os Amores de Astrée e Céladon".

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